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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

NA COLÔNIA E NO IMPÉRIO

De lutas e mais lutas tem sido a história deste país. Em 1526, Cristovão Jaques já perseguia e prendia corsários. Cinco anos depois, Martin Afonso guerreava franceses e, no longínquo 1533, Pero Lopes de Sousa apresava navios de França e enforcava soldados alheios. Vieram as capitanias, regime que malogrou por virtude da indisciplina dos colonos, dos ataques dos índios e das incursões francesas. Depois, os governadores-gerais. Tomé de Sousa impediu desordens. Contra Duarte da Costa se levantaram parte da população, a câmara de Salvador e o bispo. Deu-se a invasão francesa da Guanabara, em 1555, sob o comando de Villegaignon. Mem de Sá enfrentou sublevação em Ilhéus. Atacou os franceses. Com a saída do governador, voltaram os franceses, que se aliaram aos índios. Formou-se até uma Confederação dos Tamoios. As tribos foram convencidas por Nóbrega e Anchieta. Firmaram a paz - a paz de Iperoig, em 1563. Estácio de Sá depois expulsou os franceses. O novo governador, Luís de Vasconcelos, morreu lutando contra os corsários.

Instituíram-se os dois governos - um no norte, outro no sul, mas em 1577 foi estabelecido o governo único. Os franceses passaram a buscar o norte. Houve lutas na Paraíba. Índios tabajaras e potiguaras tornaram-se inimigos inconciliáveis. Vencidos, os franceses tocaram  para o Rio Grande do Norte, donde foram desalojados. Pretenderam o Ceará e o Maranhão, e só se renderam em 1615. Veio a conquista do sertão - entradas e bandeiras. Vieram as lutas da Colônia do Sacramento. E as lutas contra os holandeses. A Guerra dos Emboabas, com a proclamação de Nunes Viana como governador, "o primeiro ditador que se erigiu no sertão brasileiro". Depois, a Guerra dos Mascates, de três meses de lutas. A revolta de Vila Rica, em 1720. A Inconfidência Mineira. Em 1807, D. João VI veio para o Brasil. Guerra com a França de Napoleão Bonaparte. Lutas no Uruguai. Em 1817, revolução em Pernambuco. Organizou-se uma república. Domingos Teotônio foi feito ditador. Os republicanos foram depois vencidos e castigados.

A partir de 1820, vários movimentos constitucionalistas estouraram no Brasil. Com o retorno de D. João VI a Portugal, ficava como regente o príncipe D. Pedro, herdeiro da coroa. A maçonaria começa a propaganda da resistência às cortes de Lisboa. Em todas as províncias estouravam revoltas. Houve o "Fico". E a Independência em 7-9-1822.


A. Tito Filho, 20/02/1990, Jornal O Dia

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