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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

MESTRE CUNHA - I

A 4 de fevereiro deste ano faleceu o velho mestre Cunha e Silva, Francisco da Cunha e Silva, nascido em Amarante (PI), a 3-8-1904. Pais: Manoel Alexandre e Silva e Cândida da Cunha e Silva. Estudos primários na terra natal. Aluno do Colégio Bento XV (Teresina). Fez estudos preparatórios e filosofia no Colégio Salesiano Santa Rosa, de Niterói (RJ). Em 1923, escolhia a carreira eclesiástica, matriculando-se no Colégio Salesiano São Manuel, de Lavrinhas, Estado de São Paulo, no qual realizou o quinto ano secundário para se aperfeiçoar no estudo de latim. No ano seguinte, concluiu o noviciado. O Colégio São Manuel funcionava também como seminário e, assim, em 1925, concluiu o curso de filosofia. Como não tinha vocação para o sacerdócio, regressou ao Piauí para rever a família, viajando para o Rio de Janeiro em 1926, onde se casou. Voltou ao Piauí em 1927. No ano seguinte, lecionou português, história e geografia no Ginásio Amarantino, fundado por Odilon Nunes, e iniciou colaboração no jornal "O Floriano", da cidade do mesmo nome (PI). Em 1932, em Amarante, criou educandário com o nome de Ateneu Rui Barbosa, que funcionou até 1947, quando passou a residir na capital do Estado. Professor de geografia do Brasil no Colégio Estadual do Piauí, hoje Colégio Zacarias de Góis. Colaborador, redator e depois diretor de "O Piauí". Diretor de "Resistência". Colaborador de "A Gazeta", "O Tempo", "O Dia", "Jornal do Piauí", "A Luta", "O Pirralho". diretor da Casa Anísio Brito (Biblioteca, Arquivo Público e Museu Histórico do Piauí), na administração Pedro Freitas. Professor, por concurso, de história do Brasil da Escola Normal Antonino Freire. Diretor, durante um ano, do Colégio estadual do Piauí, hoje Zacarias de Góis, na administração Chagas Rodrigues. Orador, teve participação em memoráveis campanhas políticas. Durante quatorze anos, professor no Ginásio (hoje Colégio) Desembargador Antônio Costa, lecionando português, francês e geografia geral. Há doze anos colabora no "Estado do Piauí". Pertenceu ao antigo Cenáculo Piauiense de Letras. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. Colaborou, ainda moço, na imprensa de são Luís, Maranhão ("O Imparcial") e do Rio de Janeiro ("Diário de Notícias"). Publicou "O Papel de Floriano Peixoto na obra da proclamação e consolidação da República" (tese).


A. Tito Filho, 098/02/1990, Jornal O Dia

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