Quer ler este texto em PDF?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CONSIDERAÇÕES

Criou-se a primeira Escola Normal do Piauí em 1864, no governo Franklin Américo de Meneses Dória, instalada em 1866, com 23 alunos. Destinava-se ao preparo de professores para o ensino primário. Extinta em 1867 e reaberta em 1871, anexa ao Liceu Piauiense, no Governo de Sousa Leão. Extinguiu-se outra vez em 1874, novamente reaberta no governo de Almeida e Castro, 1882. Nova extinção se deu em 1888, quando presidente da Província Raimundo José Vieira da Silva.

Em 1908, os intelectuais Antonino Freire, Matias Olímpio, Antônio da Costa Araújo Filho, Abdias Neves, Francisco de Morais Correia e Francisco Portella Parente criaram a Sociedade Auxiliadora da Instrução, com a finalidade precípua de instituir o ensino normal, com a denominação de Escola Normal Livre, cujo primeiro exame de admissão se efetuou em fevereiro de 1909. Assumindo o governo do Estado a 15-3-1910, Antonino Freire, no mesmo ano, criou, no lugar da primeira, a Escola Normal do Estado do Piauí, inaugurada no dia 15-5-1910. Faria agora 80 anos.

No século passado, a efêmera Escola Normal teve como diretores, que eu sabia, Manoel Ildefonso de Sousa Lima, Polidoro Cesar Burlamaqui e Teodoro Alves Pacheco.

A partir de 1910, dirigiram-na: Miguel de Paiva rosa (1910-1912), José Joaquim de Morais Avelino (1914), Francisco Portela Parentes (1915), Manoel Sotero Vaz da Silveira (1916-1918), João Alves dos Santos Lima (1919), João Pinheiro (1919-1922), Anísio de Brito Melo (1923-1926), Benedito Passos de Carvalho (1927-1933), Maria de Lourdes Martins do Rego Monteiro (1933-1945), Nantilde Rocha de Sá (1946), José Severino da Costa Andrade (1947-1948), Odilon Nunes (1949-1950), João Rodrigues Vieira (1951-1958), Oscar Olípio Cavalcanti (1959-1962), Afrânio Messias Alves Nunes (1962-1965), Raimundo Gonzaga de Freitas Mamede (1966-1967), Carlos Augusto Daniel (1968-1969), Maurício Camilo da Silveira (1970), Roberto Gonçalves de Freitas (1971-1975).

No período de 1971 a 1975 implantou-se o Instituto de Educação Antonino Freire, homenagem prestada à antiga Escola Normal, em 1947, no governo Rocha Furtado, quando esta passou a chamar-se Escola Normal Antonino Freire.

Nas décadas de 20, 30, 40 e 50 as normalidades eram uma festa nas ruas de Teresina. Bonitas quase todas. Farda elegante. Gestos educados. Gozavam de muito prestígio social. Os dois mais importantes cinemas de Teresina homenageavam-nas semanalmente. Aluna da Escola Normal, fardada, não pagava entrada. Marido de professora vivia quase sempre à custa da própria.

Talvez haja algum engano nos períodos dos diretores.


A. Tito Filho, 06/05/1990, Jornal O Dia

Nenhum comentário:

Postar um comentário